Comunita’ quilombola santa maria das mangueiras - Brasile

a cura di paolo (0 commenti)

Il 28 novembre 2020 Suor Valdilene Neves da Cruz, in rappresentanza delle Suore Pallottine, nella loro missione nello stato di Tocantins e come membro volontario della Caritas, insieme all'équipe della Caritas Diocesana di Miracema do Tocantins, ha visitato la Comunità Quilombola di Santa Maria das Mangueiras, nel comune di Dois Irmãos - Tocantins. Durante la visita è stata celebrata la Santa Messa, presieduta da Mons. Philip Dickmans, concelebrata dal Vice Presidente della Caritas diocesana e Parroco del Buon Pastore de Dois Irmãos, padre Edson Marques. Dopo la Santa Messa, padre Edson ha presentato alla comunità l'équipe della Caritas e il suo lavoro nella diocesi, e ha parlato dell'importanza di incrementare i progetti per aiutare i più bisognosi.

Márcia Sola, Responsabile della Caritas Diocesana, ha presentato alla comunità il materiale necessario per la Casa de Farinha già esistente nel quilombo, finanziata con l'aiuto di REPAM Brasile - Rete Ecclesiale Panamazônica e Caritas Diocesana di Miracema. La comunità ha ringraziato la partnership, così come il materiale ricevuto che sarà di grande importanza per il lavoro delle famiglie del Quilombo.

Durante la visita, i giovani della comunità dei Due Fratelli hanno presentato balli nei quali hanno sottolineato l'importanza della cultura e dei costumi locali. Antônio Guedes, direttore esecutivo di Cáritas, ha parlato dell'importanza della creazione dei Quilombos nel corso della storia, della continuità e organizzazione dei Quilombos nel presente, ha ricordato che attualmente in Tocantins ci sono circa 40 Quilombos riconosciuti.

Al termine dell'incontro, un gruppo locale, devoti del Divino Spirito Santo, ha presentato i tradizionali canti religiosi di preghiera popolare, una tradizione che dura dall'inizio del Brasile e che continua fino ai giorni nostri. Padre Edson ha ringraziato tutti per la loro presenza e ogni famiglia ha ricevuto un cestino di prodoti alimentari attraverso la Fondazione Assistenziale Fr. Inácio, creata dalla comunità cattolica locale, che celebrerà 25 anni di esistenza. Dopo i ringraziamenti, il pranzo è stato condiviso.

Le Comunità Quilombolas di Tocantins

Le comunità quilombolas dello stato di Tocantin sono resti di ex schiavi. L'INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) riconosce alle comunità quilombolas il diritto garantito alle terre che tradizionalmente occupano. Questo diritto è garantito dall'articolo 216 della Costituzione Federale dal 1988.

L'attuale stato di Tocantins aveva due importanti vie migratorie durante il periodo della schiavitù nera, su queste vie gli schiavi venivano trasportati verso la destinazione stabilita. Uno è entrato nella regione sudest alla ricerca dell'oro: la via dell'oro; l'altro nella regione nord alla ricerca di pascoli naturali per l'allevamento del bestiame: la via del bestiame. Vale la pena ricordare che non tutte le comunità quilombolas di Tocantins sono nate da quilombos, come la comunità Mumbuca, situata nella regione di Jalapão, che ha avuto origine dalla fusione di neri e indiani; e la Barra do Aroeira, a Santa Tereza do Tocantins, che è formata da neri che hanno partecipato alla guerra del Paraguay e hanno ricevuto, come merito per la loro partecipazione alla guerra, alcune terre nell'ex nord di Goiás, oggi Tocantins.

Attualmente, nello Stato di Tocantins ci sono 40 comunità di quilombolas riconosciute, che comprendono il patrimonio culturale dello Stato e diverse altre ancora in fase di riconoscimento. Queste comunità hanno caratteristiche culturali peculiari che le distinguono l'una dall'altra e da tutta la società circostante, mostrando somiglianze in termini di uso e di connessione con il territorio in cui si trovano, perché è utilizzato per il mantenimento nella produzione del cibo necessario alla sostenibilità della comunità ed è il luogo dove sono sepolti i loro antenati, stabilendo così il sentimento di appartenenza alla terra, dove le radici culturali sono radicate, resistendo alle azioni dell'uomo e del tempo.

                                               Irmã Valdilene Neves da Cruz, CSAC

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VISITA A COMUNIDADE QUILOMBOLA SANTA MARIA DAS MANGUEIRAS NO MUNICÍPIO DE DOIS IRMÃOS DO TOCANTINS

No dia 28 de novembro de 2020, Irmã Valdilene Neves da Cruz, representando as Irmãs Palotinas em sua missão no estado do Tocantins e como membro voluntário da Cáritas, juntamente com a equipe da Cáritas Diocesana de Miracema do Tocantins, visitou a Comunidade Quilombola Santa Maria das Mangueiras, no município de Dois Irmãos do Tocantins. Durante a visita foi rezada a Santa Missa, presidida por Dom Philip Dickmans, concelebrada pelo Vice-Presidente da Cáritas Diocesana e Pároco da Paróquia Bom Pastor de Dois Irmãos, Padre Edson Marques. Após a Santa Missa Padre Edson apresentou à comunidade a equipe da Cáritas, bem como seu trabalho na diocese e falou da importância de ampliar os projetos e parcerias para ajudar os que mais necessitam.

Márcia Sola, Articuladora da Cáritas Diocesana, apresentou à comunidade os materiais necessários para a Casa de Farinha que já existe no quilombo, financiados com a ajuda da REPAM Brasil – Rede Eclesial Panamazônica e Caritas Diocesana de Miracema. A comunidade agradeceu a parceria, bem como os materiais recebidos que serão de grande importância para o trabalho das famílias no Quilombo.

Durante a visita, Jovens da comunidade de Dois Irmãos, apresentaram danças ressaltando a importância da cultura e costumes locais. Antônio Guedes, Diretor Executivo da Cáritas, falou da importância da criação dos Quilombos no decorrer da história e da continuidade e organização dos mesmos nos dias atuais, lembrou que atualmente no Tocantins existem cerca de 40 Quilombos reconhecidos.

No final do encontro, um grupo local, devotos do Divino Espírito Santo, apresentaram cantos tradicionais religiosos das rezas populares, tradição essa que vem desde o inicio do Brasil e perdura até os dias atuais. Padre Edson agradeceu a presença de todos e cada família recebeu uma cesta básica através da Fundação Assistencial Frei Inácio, criada pela comunidade católica local, que celebrará seus 25 anos de existência. Após agradecimentos, foi feita a partilha do almoço.  

As Comunidades Quilombolas do Tocantins

As comunidades quilombolas do estado do Tocantins, são remanescentes de ex-escravos. O INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) reconhece que as comunidades quilombolas tem o direito garantido às terras que ocupam tradicionalmente. Tal direito está assegurado no Artigo 216 da Constituição Federal de 1988.

O atual Estado do Tocantins teve duas importantes rotas migratórias durante o período da escravidão negra, nessas rotas os escravos eram transportados até o destino estabelecido. Uma entrada foi pela região sudeste, na busca de ouro: a rota do ouro; e outra pela região norte, na busca de pastos naturais para a criação de gado: a rota do gado. Vale destacar que nem todas as comunidades quilombolas do Tocantins nasceram de quilombos, como a comunidade Mumbuca, situada na região do Jalapão, que teve origem pela fusão de negros e índios; e a Barra do Aroeira, em Santa Tereza do Tocantins, que é formada por negros que participaram da Guerra do Paraguai e receberam, como mérito pela participação na Guerra, algumas terras no antigo norte de Goiás, hoje Tocantins.

Atualmente, no Estado do Tocantins existem 40 comunidades quilombolas reconhecidas, que compreendem o patrimônio cultural estadual e várias outras que ainda estão em processo de reconhecimento. Estas comunidades são detentoras de características culturais peculiares que as distinguem umas das outras e de toda a sociedade circundante, apresentando semelhanças no que diz respeito ao uso e ligação com a terra onde estão localizadas, pois esta é usada para manutenção na produção de alimentos necessários à sustentabilidade da comunidade e é o local aonde os seus antepassados estão enterrados, estabelecendo assim o sentimento de pertença à terra, onde estão alicerçadas as raízes culturais, resistindo às ações do homem e do tempo.  

Irmã Valdilene Neves da Cruz CSAC

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